A parada LGTBQIAP+ de São Paulo acabou, mas o mês do orgulho não, concomitantemente com outras Paradas para acompanharmos e fique a dica, livros para adotarmos.
Em meio às celebrações, a obra "No Combate", de Gustavo Anjos, surge como um farol de resistência, chamando por sua adoção. Com uma linguagem poética acessível e visceral, ele escancara as feridas de uma sociedade ainda marcada pela homofobia e transfobia, dando palco as vozes que foram silenciadas cruelmente, dentre elas: Marielle Franco, a travesti Dandara, que antes do assassinato foi posta em um carrinho de mão em Fortaleza. Se não fosse suficiente, os agressores de acordo com o jornal O Povo
"gravaram e divulgaram o registro do crime. As imagens mostram que o crime foi cometido na rua, em plena luz do dia, sem que ninguém se compadecesse pelo sofrimento de Dandara ou sem demonstração de remorso dos envolvidos".
O livro de Gustavo, é uma coletânea de poemas que se entrelaçam como um grito de guerra, denunciando a violência, a discriminação e a dor da LGBTfobia+, forçada goela a baixo em nós, na infância, no mercado de trabalho, na adoção; em todas as instâncias. Mas a poesia de Anjos não se limita a denunciar a opressão, ele celebra a resistência, a coragem e a fé.
Cada poema é um convite à reflexão e à luta por oportunidades e direitos iguais. Suas palavras nos leva a questionar nossos preconceitos, a olhar para o outro com empatia e a entender que o amor, em todas as suas faces, é a força mais poderosa que existe.
"No Combate" é mais do que um livro, é um manifesto, um chamado à ação. É uma obra que nos toca profundamente, nos faz chorar, nos faz gritar, mas, acima de tudo, nos faz querer ir a luta pelo nosso povo.
Essa é uma leitura essencial para quem acredita na arte como ferramenta de transformação social.
Fonte:
OPOVO.com.br
Há três anos Dandara dos Santos era torturada e morta em rua de Fortaleza
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